Vertigens...que só o amor proporciona!!!

É. Amo amar...
Se tem uma coisa que eu falo com entusiasmo e com alegria é de minha vida particular.
Minhas revoltas e tristezas estão muito ligadas a sociedade, suas diferenças, desigualdades, burrices...
Mas minha vida particular me faz muito feliz. Minha mini sociedade, tão seleta. Tão amada por mim.
Hoje é dia dos Namorados!!! nAMORados!!! E pra ser bem sincera acho bobagem ter um dia para demonstrar AMOR. Até porque o que menos se faz neste dia é demonstrar amor, e sim demonstrar o quanto você conseguiu garimpar um belo presente, ou o quanto você conseguiu economizar nos últimos tempos só pra comprar aquele perfume caríssimo, ou aquela camisola safada, ou sei lá o que o teu amor gosta de usar. Maldito comércio...problemas do capitalismo...mais uma de tantas datas comemorativas que perderam seu sentido, seu real significado...transformados todos em PRESENTES!!! Natal = Presentes, Páscoa = Chocolate que é = presente, Dia das mães = presentes, etc, etc, etc.
Meu namorado, meu eterno namorado. Não ganhou nada hoje, além de várias partidas de Pif, pipocas feitas no microondas e um pouco de cafuné. O pior é que nem foi eu que fiz as pipocas...
O presente dele é imperceptível a olho nú. É um presente silencioso, discreto e fora de moda.
Lealdade, fidelidade, companheirismo e muito amor.
Quando olhei os olhos castanhos e semi-japas do meu amor hoje de manhã no corredor do nosso apartamento, dei-lhe de presente estes sentimentos. Pensei nisso enquanto o abracei.
Única coisa que lamento é que nem tudo que é bom de se sentir pode ser visto, nem cheirado, não tem calor nem gosto. Então o Dia dos Namorados já está se encerrando e meu namorado ainda nem sabe que já ganhou seu presente. A culpa não é dele, a culpa é minha...mania de só pensar e sentir e não materializar ou falar o que pensou e sentiu.
Grave erro que me faz parecer ser muito fria e indiferente.


Esse texto é a primeira atitude que tomo na tentativa de reparar o meu erro. Vou amar e demonstrar. Não só hoje, Dia dos Namorados, mas sempre.

A obliquidade do ralo

Somos um depósito, uma esponja que absorve, um disquete, um pen drive....hauahau...disquete....talvez alguns nem saibam o que é isso...sim....somos um depósito de coisas....boas, coisas ruins na maioria das vezes. Assistimos novelas e achamos que nossas famílias precisam sempre viver em torno de intrigas e problemas novelísticos que levamos para a vida real. Será? Mentiras, roubos, falsidades, discriminação, injustiças, traições, pois é... traição, não quero ser repetitiva, meu último texto já falava disso, mas não é eu que escolho quais os assuntos badalados no cotidiano humano.

O Pica-Pau, sabe? Aquele desenho antigo, em que o Pica-Pau fica elaborando estripulias para o Zeca Urubu e para o bigodudu Leôncio. E assim aprendemos o quanto é engraçado pentelhar a vida dos outros. Piadinhas ofensivas tornam-se nossas especialidades. E pior que nem lembramos que foi assistindo Pica-Pau que aprendemos a ser chatos e agressivos. Olha que eu nem falei do excesso de violência que aparece nesse desenho, bombas, armas de fogo, muito sangue com trituradores, moedores de carne, gaiolas, camisas de força... não falei porque acho que não é esse o problema. O problema é que, sem razões maiores, sem justificativas ou respostas para um porque, lá estão todos os aparatos que o maldito Pica-Pau precisa para desenvolver suas crueldades. Já vi muitos Pica-Paus espalhados pelas escolas dessa cidade, Pica-Paus sendo cruéis com seus familiares e amigos... aqueles que chamam de amigos por nunca terem parado para pensar o real sentido da palavra amigo.

Outra porcaria absorvida vem dos programas mal elaborados direcionados para os adolescentes. Jovens hiper maquiadas, andando em carrões conversíveis, curtindo a vida (gosto de pensar no termo curtindo a vida, podia alguns casos de curtição, ser substituído por encurtar a vida), namorando adoidado, com problemas do tamanho de uma gota d’água, vistos como verdadeiras tempestades. As salas de aula são os momentos de stand by dessas criaturas, onde eles ligam o botão do piloto automático e deixam de pensar. As baladas e o messenger são os únicos lugares importantes na face da Terra. E a família, e a vida profissional, bem, eles estão muito ocupados para estas duas últimas opções. Tanto é que nem são mencionadas...

Não sejamos personagens novelísticos, nem estúpidos Pica-Paus, muito menos criaturas Hollywoodianas fúteis que representam erroneamente o que é ser adolescente... Estamos cada dia piorando, nos transformando em um pen drive cheio de vírus ou em um ralo... onde depositam todos esses dejetos antiéticos e imorais. Vou repetir, dejetos. A merda que você caga é um dejeto. Alguém aqui que ser igual a merda?

Estou tendo uma vertigem. O motivo: traição

Hauhauhauhauhau
É pessoal!!!! O mundo tá uma merda mesmo.
Mas tendo ciência disso, o que devo fazer? Cortar os pulsos? Seria o caminho mais curto, mas também o mais imaturo.
Admito, vivo aos extremos, ora palhaça, daquelas que brinca com bolinha de sabão e transforma cobertor em telhado, ora adulta, no sentido pejorativo da palavra, adulta, aquela que é chata, a madura, a ajuizada, velhaca, séria.
Sabendo disso, entenderão porque acho imaturo cortar os pulsos diante do caos em que vivemos. ;-)
Palavrinhas chave do dia: relacionamento, traição.
Siiimmmm pessoal, vamos falar do assunto batido. Todo mundo fala disso. E tô de saco cheio já. Por isso resolvi dar minha versão sobre o assunto. Se todos podem eu também posso.
É muita gente dizendo que mulher trai porque tem motivos e homem porque tem hormonios.
hormonios...
Então significa que mulher tem que estudar, trabalhar, ser mãe, esposa, dona de casa, e ainda por cima aturar uns chifrezinhos, só porque o bonitão do marido, noivo ou namorado tem hormonios. Me poupe.
Hormonios, fantasias, desejos, todos nós temos. E já que mulher precisa de motivo para trair, cá estão eles, os malditos desejos.
Se todo homem pode trair, porque tem hormonios, toda mulher também pode porque tem motivos. Fica combinado assim? Vamos viver mais felizes assim. Vocês não acham?
Não. Eu não acho.
Quer circular? Quer ter um rodízio? Seja solteiro. Ou no mínimo, feche um contrato com sua parceira, estabelecendo tuas regras e sobretudo sendo sincero. Apresente aquela cláusula que indica que você poderá buscar outras mulheres no mínimo uma vez por trimestre.
Se você fizer isso a honestidade reinará. E você descobrirá com quem você almoça todos os dias, com quem você divide suas dívidas e problemas e claro, você descobrirá quem é essa mulher que dorme contigo.
Sim meu amigo. Você acha que só você tem segredos, ela também tem os seus.
Segredos que são frutos de um mundo que comporta a omissão. Omissão masculina, omissão feminina. E assim vamos vivendo, mais como rivais do que como casais.
Vidas paralelas que no aconchego do lar mais parecem almas gêmeas!!!
Até quando isso?
O mal do século é a solidão, mas se for para vivermos sozinhos, nós e nossas vidas omitidas, vidas sombrias, ocultas, que vivem a fugir do olhar sanguinário da bruxa chamada Verdade. Se for para ser sozinho, sejamos sós, mas com dignidade, assumindo esta condição. Tipo: "Vivo sozinho, porque resolvi assumir quem eu sou, não sou uma farsa".
Ou então: "Vivo acompanhado porque aceitei a pessoa dela, assim como ela é, e ela me aceitou também."
É isso.
Utópico? Então busque a lâmina, tenho de cortar meus pulsos.

Estas vertigens...nossa obliquidade.

Justificativa:

Tanto quanto precisamos de água, oxigênio e alimento precisamos de comunicação. Não somos apenas carcaça, portanto, tampouco importa se nossas necessidades fisiológicas estão sendo supridas, se não temos exercício racional.

Ser ser humano não é fácil, somos tão complexos quanto nosso universo. E o que nos torna semelhantes são justamente nossas diferenças.

Acredito nisso, não só acredito como acho fascinante.

Passamos a história de nossa espécie demonstrando a importância disso.

As pinturas rupestres em rochas e cavernas, tábuas de argila, pergaminhos, o papel. E quando você pensa que parou por ai, os humanos inventam outras formas de se comunicar: celulares e a líder mundial, vossa senhoria, a internet.

Escrevemos, desenhamos, emitimos sons, falamos, e como falamos! Vocês estão lendo este blog e ao mesmo tempo pondo em prática minha tese. Temos opiniões, gostos, aprendizados, dúvidas, angústias, e mais uma imensidão de coisas prontas para serem compartilhadas com outras pessoas.

Escutamos e somos escutados o tempo todo. É vida social! Até aqueles discriminados pela timidez excessiva ou pelo antissocialismo possuem um ouvinte, mesmo que contra sua vontade.

Somos frágeis demais para ficarmos trancafiados em nossas cabeças com nossos pensamentos, isso é perigoso, é altamente inflamável, então, regurgitamos palavras.