quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
BOCA
Vejo a boca
salivada pela sede
Ufanando seus desejos.
Boca besuntada de gostos
é percorrida
pelos movimentos do maxilar alheio.
Derrete na boca os ademanes:
dedos, língua, dentes, lábios
Daquela que te explora.
Sai da boca o calor
a carne é afligida,
o beiço geme,
as línguas enlaçadas
ganham vontades.
Assim...
a boca ganha vida!
Dispondo de veredas,
equidistando o corpo
Desliza pela pele.
Suga a polpa
lambe o sulco
enternece cada poro
enrijecendo a penugem das coxas
O corpo vibra.
Sedenta segue
apetitando a carne que a adoça.
o corpo todo reconhece os lábios,
a boca então se fecha.
Findou seu vício.
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